quarta-feira, 29 de abril de 2015

Copom eleva Selic para o maior nível em seis anos


13,25%
Pela quinta vez seguida, o Banco Central (BC) reajustou os juros básicos da economia. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou hoje (29) a taxa Selic em 0,5 ponto percentual, para 13,25% ao ano. O órgão manteve o ritmo do aperto monetário. Na reunião anterior, no início de março, a taxa também tinha sido reajustada em 0,5 ponto. 
Em comunicado, o Banco Central informou que o aumento levou em conta as condições atuais da economia e dos preços. "Avaliando o cenário macroeconômico e as perspectivas para a inflação, o Copom decidiu, por unanimidade, elevar a taxa Selic em 0,5 ponto percentual, para 13,25% ao ano, sem viés", destacou o texto.
Com o reajuste, a Selic chega ao maior percentual desde janeiro de 2009, quando estava em 13,75% ao ano. A taxa é o principal instrumento do BC para manter a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), sob controle. Oficialmente, o Conselho Monetário Nacional estabelece meta de 4,5%, com margem de tolerância de 2 pontos, podendo chegar a 6,5%. No entanto, o próprio BC admitiu no último Relatório de Inflação que o índice deverá encerrar 2015 em 7,9%. 
Acumúlo
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA acumula 8,13% nos 12 meses terminados em março. De acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo BC, o IPCA encerrará 2015 em 8,25%. Este ano, a inflação está sendo pressionada pelos aumentos de preços administrados como energia e combustíveis. 
Embora ajude no controle dos preços, o aumento da taxa Selic prejudica a economia, que atravessa um ano de recessão, com queda na produção e no consumo. De acordo com o boletim Focus, analistas econômicos projetam contração de 1,1% do Produto Interno Bruto (PIB, a soma dos bens e serviços produzidos pelo país) em 2015. 
Movimentação
A taxa é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve como referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o BC contém o excesso de demanda que pressiona os preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando reduz os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas alivia o controle sobre a inflação.

quarta-feira, 22 de abril de 2015

25 de Abril, dia do Contabilista



  

    Câmara dos Deputados fará Sessão Solene dia 24 em homenagem ao Contabilista




A convite do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, na próxima sexta-feira, 24, será realizada uma Sessão Solene em homenagem ao Dia do Profissional Contábil, comemorado nacionalmente no dia 25 de abril.
O requerimento para a homenagem aos contabilistas foi iniciativa do Deputado Federal Izalci Lucas, do DF, que é Contador.
  • A Sessão Solene inicia às 15 horas, no Plenário Ulysses Guimarães.
Convidando a todos os contabilistas do DF a prestigiar o evento, o Deputado Izalcy ressalta que este é um momento importante para a classe marcar presença no Congresso Nacional. “Em mais de 80 anos da data que marcou o início da luta pela regulamentação da nossa profissão - 25 de abril de 1926 -, só conquistada em 1946, é perceptível a mudança na forma como a sociedade enxerga o profissional da Contabilidade”, aponta, chamando a atenção para a evolução dessa atividade na sociedade atual.
A Presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Distrito Federal (CRC-DF), Sandra Batista, reforça o convite a todos os profissionais da área, seus funcionários, amigos e familiares para participarem da solenidade. “É uma justa e merecida homenagem a nossa categoria, que a cada dia contribui de forma mais significativa na gestão, no planejamento, no controle e na tomada das decisões das empresas e do Governo”, avalia. “É fato inegável que a contabilidade sempre se fez presente e cada vez mais atua para estar em perfeita harmonia com as necessidades dos indivíduos, das organizações e das administrações públicas, daqui e de qualquer país, para o registro e controle das informações e dos resultados dos empreendimentos”.
Sandra Batista lembrou que a data foi instituída em 1926 por iniciativa do Senador João Lyra, com o propósito de enaltecer a atuação da Classe Contábil Brasileira. “Em 2015, portanto, serão 89 anos de comemoração do Dia do Profissional Contábil no Brasil e, graças à atuação exemplar ao longo de tantas décadas, e ainda antes, dos homens e mulheres de bem que integram a contabilidade do nosso país, seremos homenageados pela Câmara dos Deputados”, ressaltou.
Pela importância e simbolismo da data, ampliados pelo novo contexto da Contabilidade na sociedade atual, é que a Presidente Sandra Batista conclama: “Vamos todos, Contabilistas do Distrito Federal, participar ativamente dessa Sessão Solene em homenagem ao Dia do Profissional Contábil, a fim de marcarmos no Congresso Nacional o nosso espaço e o nosso legado neste 25 de abril!”.
• CONFIRMAÇÃO – Atendendo a regras da Câmara dos Deputados, o CRC-DF solicita a gentileza de confirmação da presença pelos telefones (61) 3321-1757 Ramal 230 ou 9827-3428. Ou, ainda, pelo email: cursoseventos@crcdf.org.br




"Trabalhemos, pois, bem unidos, tão convencidos de nosso triunfo, que desde já consideramos 25 de abril o Dia do Contabilista Brasileiro".



Com esta frase, dita no meio de um discurso de agradecimento a uma homenagem que recebia dos profissionais contábeis, o senador e Patrono dos Contabilistas, João Lyra, instituiu o Dia do Contabilista, prontamente adotado pela classe contábil e, atualmente, oficializado em grande número de municípios. Era o ano de 1926.

Em dezembro do ano anterior, João Lyra havia sido eleito presidente do Conselho Perpétuo dos Contabilistas Brasileiros e, em toda a sua vida parlamentar, propôs e fez aprovar várias leis em benefício da profissão contábil.

Em seu discurso de agradecimento, Lyra homenageou outro grande Contabilista, Carlos de Carvalho: "Quando, em 1916, justifiquei, no Senado Federal, a conveniência de se regularizar o exercício de nossa profissão, acentuada a merecida e geral confiança que adviria do abono da classe, por seus mais circunspectos representantes, à capacidade moral e técnica dos Contadores, foi o grande e saudoso mestre paulista uma autoridade sem equivalente no Brasil, como bem disse o senhor Amadeu Amaral, quem me endereçou os primeiros e os mais desvanecedores protestos de apoio e de solidariedade".

O Dia do Contabilista foi oficialmente instituído pela Lei Estadual nº 1.989, em 23 de maio de 1979.

Em 2012, o CFC passou a denominar a data de Dia do Profissional da Contabilidade.

segunda-feira, 20 de abril de 2015

'Dívida é útil, se bem administrada'

Arcabouço fiscal

Washington. O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou que a dívida bruta caiu no Brasil, nos últimos dez anos, para abaixo de 60%, enquanto subiu na Europa para acima de 80%. "A dívida é útil. O segredo é que seja bem administrada e sustentável", disse.
Levy falou no debate de encerramento da reunião de primavera, do Fundo Monetário Internacional (FMI), em um painel que também contou com a participação da diretora-gerente da instituição, Christine Lagarde. "É uma coisa ruim ter dívida? Depende da natureza dessa dívida", afirmou Lagarde, destacando que há significativos efeitos colaterais em se ter um déficit elevado.
O Brasil construiu um arcabouço fiscal que impediu um aumento da dívida do governo, disse Levy, citando a lei de responsabilidade fiscal. "Em alguns lugares (da economia mundial), esse arcabouço não foi forte o suficiente ou o choque foi muito grande", destacou o ministro.
"O déficit tem que ser do tamanho certo e as pessoas têm que ter confiança nele", defendeu o ministro. Ele afirmou ainda que uma dívida bem administrada e sustentável pode ajudar a estabilizar o sistema financeiro.
"Se você explicar para a sociedade o que é a dívida, porque não deve ir além de certos limites, você pode ter sucesso", disse ele. Levy frisou que uma coisa positiva sobre o Brasil nos últimos anos é que o país não teve bolha imobiliária.
O ministro afirmou que a dívida bruta do Brasil é mais alta porque, ao invés de monetizar as reservas internacionais, o país esteriliza esses recursos. Cerca de 15% da dívida brasileira está relacionada às reservas internacionais.
Comprometimento
Recentemente no Brasil, disse o ministro, aliados do governo no Congresso assinaram uma declaração de que não gastariam mais. "Se você não tiver isso bem claro em sua mente, você está construindo dívida. É bom em uma democracia quando há esse tipo de comprometimento", disse o ministro.
"É preciso ter um balanço entre as receitas do governo e o que se espera do governo", declarou Levy, na reunião do FMI.